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As 10 sobremesas mais doces da Itália

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Escrito por Dani Bispo

Quando se pensa em comida Italiana, automaticamente pensamos em pizza e macarrão certo?

O que muita gente não sabe é que muitas das sobremesas consumidas por aqui tem  origem lá no país da bota.

Certamente os doces italianos, salvo algumas exceções, levam bem menos açúcar que os nossos brasileiros. Mas garanto que não são menos gostosos.

Este post é para deixar todo mundo salivando  você saber o que pedir depois daquela refeição italiana nada calórica. Afinal, quem está na chuva, mergulha!

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1- Tiramissù– O mais famoso doce Italiano. Consiste em camadas de biscoitos savoiardi embebidos em café, entremeadas por um creme à base de queijo mascarpone e polvilhadas com chocolate amargo.

Onde Comer? No lugar onde ele nasceu, o restaurante Le Becchierie em Treviso.

 

Panna Cotta, meu novo amor de inverno ❤️#pannacotta #panna #roma #italy #italia #ciboitaliano #ig_roma

Uma foto publicada por Food Blogger & Travel Addicted (@comerecocar) em

2- Panna CottaÉ uma espécie de pudim feito de nata de leite, açúcar, gelatina e canela. É coberto por uma calda de frutas vermelhas.

Para mim a segunda sobremesa mais encontrada nos cardápios dos restaurantes. Notei que em quase todos ela aparece logo abaixo do Tiramissù. 

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Onde comer?Por ser uma sobremesa típica da Região de Piemonte, acredito que Turim seja o melhor lugar para come-la.

Nós comemos no Cesare al Casaletto em Roma.

 

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3 – Cannoli– Esse é um famoso doce Siciliano composto por um canudo de biscoito e recheado com creme de ricota de ovelha e frutas cristalizadas (ou pedaços de chocolate).

Existem  vários outros tipos de creme para o recheio tais como chocolate, pistache e até onde a imaginação da doceira permitir.

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Adoro o recheio tradicional que ainda recebe uma “farofinha” de pistache ou laranja cristalizada na ponta.

Onde comer? Em Palermo na Sicilia, onde nasceu esse doce. Se você não vai até lá te aconselho a pasticceria I dolci di Nonna Vicenza em Roma, Milão, Bolonha e Catania.

 

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4- Profiteroles– Criada na França por um chef italiano são pequenas mini-bombas feitas de massa choux recheadas de creme ou sorvete e cobertas com calda de chocolate;

Não é tão popular assim na Itália. Vi muito menos nos cardápios que os outros doces acima citados.

Onde comer?A minha eu comi na Gelateria dei Neri em Florença, que aliás serve doces maravilhosos.

 

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 5-Zuppa inglese– Um doce feito com pão de ló molhado com licor alchermes (um licor a base de canela, cravo e cardomo), e recheado creme confeiteiro ou  mascarpone e chocolate amargo. Simplesmente uma delícia.

Compete com o Tiramissù por um lugar no meu coração.

Onde comer? É um doce típico da Emilia Romagna.

Em Bologna comemos um delicioso no Ristorante e Pizzeria Victoria.

 

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6- Panetone – Dispensa apresentações. É um pão doce tradicionalmente recheado com frutas cristaliazadas. No entanto hoje em dia os recheios vão até onde sua imaginação mandar.

É consumido como sobremesa em muitas casas, às vezes acompanhado de uma bola de gelato.

Onde comer? É um doce típico milanês sendo assim as padarias dessa cidade o fabricam e vendem o ano inteiro.

 

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Fonte: giallozafferano.it

7- Torta della nonna - Torta da vovó é um bolo delicado típico da Ligúria, mas também muito difundido na Toscana. É composto por um envelope de massa frola recheada com delicioso de creme confeiteiro e coberta com pinoli e açúcar.

Onde Comer? Por toda Itália você encontra essa torta mas acredito que Genova seja o melhor loccal para comer essa delícia.

 

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8- Cassata siciliana - A cassata é um bolo feito com pão de ló e  ricota doce,  amêndoas e frutas cristalizadas (pode ser chocolate também). Uma delícia!!

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Onde Comer?  É um doce típico da Sicilia mas muito dinfudido em todo centro sul da Itália. O nosso comemos na pasticceria I dolci di Nonna Vicenza em Roma.

 

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9- Gelato – O famoso sorvete Italiano feito com leite, creme de leite, frutas e açúcar. Um

bom gelato artesanal não leva corantes nem conservantes.

Eu já expliquei nesse post aqui como identificar o verdadeiro gelato artesanal.

Onde Comer? Em qualquer esquina, em qualquer época do ano.

 

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10- Torrone –é um doce consumido na época do natal. É feito com clara de ovo, mel e açúcar, recheado com amêndoas, nozes ou avelãs tostadas; frequentemente coberta com duas camadas de um biscoito fininho chamado ostia (sim aquele da comunhão). Eles ainda podem ser cobertos de chocolate.

Na Itália existem dois tipos de torrones, um mole (morbido) que é aquele que conhecemos aqui e um duro no qual que você corre o risco de ficar banguelo se tentar morder.

Onde Comprar? à venda nos supermercados.


Trattoria del Campo–São Cristovão–Rio de Janeiro

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Escrito por Dani Bispo

Depois de um belo tempo sem comilança que se preze, voltamos à ativa.

E o motivo é nobre meus caros leitores comilões: comida italiana de qualidade a preços justos.

Isso mesmo que você ouviu, depois de conhecer a Casa do Sardo, estava sem esperanças de encontrar outro lugar para comer bem sem ir á falência.

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Até que fiquei sabendo que o Chiquinho, ex-maître do finado Quadrifoglio tinha aberto a Trattoria del Campo ali mesmo ao lado do Sardo, em São Cristovão, e estava dando o que falar.

Combinei o marido e uma amiga Italiana com sua familia e domingo passado fomos lá conferir.

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Tentamos reservar por telefone no dia anterior e fomos informados as reservas para o fim de semana já haviam esgotado, nos aconselharam a chegar cedo e 12h em ponto estavamos na porta!

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Quando entramos o salão estava vazio e foi ótimo pois conseguimos escolher uma mesa com calma. O local é uma graça, porém pequeno.

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Quando o garçom ofereceu o couvert da casa dizendo que os pães eram feitos na casa os olhos dos italianos da mesa brilharam.

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Na sequência pedimos os pratos que demoraram um pouco a chegar.

Haviamos levado um vinho tinto Bordeaux sendo assim a maioria optou por carne.

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Como não tenho nenhum problema em não harmonizar pedi um Ravioli di Pera - massa fresca recheada com pasta de pera, fonduta de gorgonzola e nozes (R$38,00);

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As carnes pedidas foram:

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Ossobuco com risoto de Zafferano– Carne Ossobuco com risoto de açafrão (R$58,00)

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Paletta di Agnello -  Paleta de Cordeiro com polenta fresca (R$68,00)

Eu e o marido tinhamos planos de comer um pouco do prato outro – ele pediu o Ossobuco com risoto – mas eu gostei tanto da minha massa que a comi sozinha. O molho gorgonzola, que costuma ser enjoativo estava no ponto. 

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Todos na mesa curtiram seus pratos, e olha que italianos são super exigentes, ainda mais uma mamma!

Na sequencia pedimos as sobremesas:

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Cheesecake com caldas de frutas vermelhas (R$12) para o marido

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Tiramissú (R$16) para mim e a amiga (mentira eu tinha pedido o cheesecake mas troquei com o marido).

O Cheesecake estava mara, mas o Tiramissú muito mais. No entanto a Francesca (a amiga Italiana) fez um comentário: o biscoito poderia estar mais molhadinho. Concordei mas comi amarradona da mesma maneira.

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Fechamos com um café e pedimos a conta cientes que iremos voltar, logo logo.

 

O que faz desse lugar atraente?

A comida maravilhosa;

O Preços justos;

A  localizaçãofora do mesmo eixo zona sul de sempre;

Não cobram taxa de rolha;

 

O que não faz desse lugar atraente?

 

O atendimento foi super codial mas faltou um pouco de eficiencia, principalmente na hora da conta;

Ambienteé uma graça mas pequeno para quem vai com carrinho de criança por exemplo.

 

Trattoria del Campo

Rua Fonseca Teles, 29 loja A

São Cristóvão - RJ
21 3518-0600

e-mail:
trattoriadelcampo@trattoriadelcampo.com

As melhores Cervejas Artesanais Italianas de 2016

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Escrito por Dani Bispo

A moda das Cervejas Artesanais também chegou à Itália.

Apesar do país ter tradição vinícola, nos últimos anos as cervejarias artesanais tem se multiplicado por lá.

Se entende por Cerveja Artesanal uma cerveja não filtrada, nem pasteurizada, criada com ingredientes da mais alta qualidade, de um pequeno produtor em quantidades limitadas e, muitas vezes servidos no pub, bares, restaurantes ou lojas da mesma área de produção.

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Hoje em dia esse conceito se confunde com o de Cerveja Tipo Premium que normalmente são aquelas vendidas em supermercados.

Segundo a Conferedação Nacional do Artesanato da Itália, os cervejeiros artesanais são divididos em três categorias: microcervejarias (45% do total) que produzem e vendem por atacado, os Brew Pub (45%) cervejarias que produzem e servem a cerveja em sua região e o fenômeno mais recente o Beer firm, marcas privadas que dependem de outros para a produção, e cuidam somente do marketing (10% do total).

A eterna busca dos Italianos por consumir produtos de qualidade, aperfeiçoou as técnicas cervejeiras e podemos dizer que a Itália hoje compete com cervejarias de países com tradição como Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos.

Hoje vou contar para vocês quais são as melhores cervejas da Itália 2016 segundo Associazione Culturale Unionbirrai:

 

Helles, German& Bohemian Pilsner, Zwickl, Keller, Dortmunder Export, American Lager

Clara, baixa fermentação e teor alcoolico, de inspiração alemã e tcheca

 

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Cervejaria BiRen – Philippe

 

English Golden Ale, Cream Ale

Clara, alta fermentação e baixo teor alcoolico, de inspiração anglo-americana

 

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Birra dell’Eremo – Nobile

 

Vienna, Marzen, Alt, MunichDunkel, Schwarz, Amber/Dark Czech Lager, Kölsch

Alta e baixa fermentação, baixo teor alcoolico, de inspiração alemã e tcheca

 

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Birrificio BiRen – Renazzenfest

 

Bock, HellerBock, Maibock, Doppelbock, Eisbock

Alta e baixa fermentação, alto teor alcoolico, de inspiração alemã

 

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Mikkeller – Devastator

 

Estilos: BritishBitters, Scottish Ale, Irish Red Ale, Mild

Alta fermentação, baixo teor alcoolico, de inspiração anglo-saxonica

 

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Doppio malto - Rust Ale

 

English IPA

Clara, de cor âmbra, alta fermentação, baixo/médio  teor alcoolico, lupulada e de inspiração anglo-saxonica (IPA)

 

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Birra Perugia – Suburbia

 

APA, American IPA

Clara, de cor âmbra, alta fermentação, baixo/médio  teor alcoolico, lupulada e de inspiração americana

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CR/AK Brewery Guerrilla

 

Double IPA, Imperial IPA

Clara, de cor âmbra, alta fermentação, alto teor alcoolico, lupulada e de inspiração anglo-americana

 

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Birrificio dei Castelli - ExtremaRatio

 

Black IPA, Brown IPA, White IPA, Rye IPA, Belgian IPA, Red IP

IPA

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Birrificio della Granda - Black Hop Sun

 

English Strong Ale, American Strong Ale, Scottish Ale

Strong  ALE de inspiração anglo-americana

 

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Birrificio Artigianale Veneziano – Furia

 

 

English Strong Ale, American Strong Ale, Scottish Ale

Escura, alta fermentação, baixo teor alcoolico e de inspiração anglo-americana

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Birrificio Mostodolce – Blackdoll

 

Robust/Baltic Porter, Imperial Porter, Russian Imperial Stout

Escura, alta fermentação, alto teor alcoolico e de inspiração anglo-americana

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Birrificio dell’Aspide - Zarina

 

Barley Wine, Old Ale

Alta fermentação, alto teor alcoolico e inspiração anglo-americana  (Barley Wine)

 

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Birrificio Baladin Xyauyù - Kentucky

 

Weizen, Dunkelweizen, Weizenbock

Trigo maltado, de inspiração alemã

 

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Statalenove – Zenit

 

Belgian Blond Ale, Blanche/Wit

Clara, alta fermentação, baixo teor alcoolico de inspiração Belga

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Birra Flea – Biancalancia

 

Saison, Biere de Garde, Farmhouse Ales

 

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Barbaforte - Quadro

 

Belgian Golden Strong Ale, Tripel

Clara, alta fermentação, alto teor alcoolico de inspiração Belga

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Birrificio Manerba - La Rocca

 

Belgian Dark Strong Ale

Escura, alta fermentação, alto teor alcoolico, de inspiração Belga

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MC77 - Ape Regina in Inverno

 

Especiarias, café, cereal

Alta e baixa fermentação

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Birra Flea – Noel

 

Defumada

Alta e baixa fermentação

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Birrificio Beer In - Rata Vuloira

 

Envelhecida na madeira

Alta e baixa fermentação

XYAUYU-BARREL-e-TUBO-annata-2011_SITO Birrificio Baladin - XyauyùBarrel

 

Cerveja com notas de frutas

Alta e baixa fermentação

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Moa Pink Pale

 

 Cerveja com notas de castanhas, alta e baixa fermentação

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Birrificio Aleghe - Brusata

 

Gose e Biere de Garde

Cerveja Acida

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Fabbrica della birra – Perugia

 

 Cerveja com notas de mel

 

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Birrificio agricolo la Diana -  Ester

 

Italian Grape Ale

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Birra del borgo - Equilibrista

 

 

 

Fonte: http://unionbirrai.it/

Pici Trattoria – Ipanema - Rio de Janeiro

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Escrito por Dani Bispo

Fazia um tempo que não comia uma comida italiana. Na verdade tenho andado em um período bem saudável, comendo super pouco na rua e evitando os carboidratos.

Mas de um mês para cá me bateu uma saudade vontade de Itália à mesa.

O primeiro investimento - sim comer bem para mim é investir na minha alegria – foi conhecer a Trattoria del Campo na semana passada.

No último sábado rolou aqui em casa uma massa básica com ervilhas – cavalho de batalha do marido.

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E quarta feira tinha combinado de almoçar com a fofa da Rafaella do Blog Viagem Hamburgo que estava de férias na cidade.

 

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Pensei, porque não ir à Pici Trattoria que está dando o que falar na cidade e aproveitar para conhecer o sistema de pratos executivos da casa?

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O chef  Thiago Berton que já trabalhou em outros restaurantes badalados, faz uma cozinha italiana tradicional com toques contemporâneos. As massas são todas feitas no restaurante, uma nova tendência por essas bandas.

Ao chegar 12h o local estava totalmente vazio, mas à medida que os minutos foram passando, o salão foi enchendo.

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O que atrai tanta gente é que, durante a semana, a casa oferece pratos com preços mais em conta.

Dentre as opções, você pode escolher o menu executivo com entrada + prato do dia + sobremesa por R$38 ou escolher qualquer prato do cardápio pelo seu preço normal mas que durante a semana vem acompanhado pela mesma entrada e a sobremesa do menu executivo.

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Eu já cheguei certa do que queria e, depois da entrada – uma saladinha de folhas com rabanetes e queijo parmesão honesta – chegou meu prato principal:

Nhoque ao pesto com creme de burrata e raspa de limão siciliano– salivei só de lembrar, uma delicia sem precedentes - pelo menos para mim.

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A Rafa escolheu  o menu executivo, de forma que começou os trabalhos com a mesma saladinha que eu.

O seu “prato do dia” não era menos pomposo que o meu: Risoto de Pecorino

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Para fechar a sobremesa do dia: Palha Italiana  branca invertida– um brigadeiro de chocolate branco com chocolate em pó.

Achei que para adoçar um dia no meio da semana, foi bom.

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Mas se fosse em um final de semana ahhhhhhh

O Cannoli siciliano que me aguarde, porque vou voltar!

 

O que faz desse lugar atraente?

A comida deliciosa e notoriamente feita com ingredientes bons e frescos.

O preçohonesto para o menu executivo.

O atendimento cordial.

Ambientelindo com musica ambiente (Jazz) tocando no volume certo.

A  localizaçãoperfeita! em frente ao metro da Praça Nossa Senhora da Paz

 

O que não faz desse lugar atraente?

Achei que o atendimento foi eficiente “demais”. Nossos pratos quentes chegaram antes que houvessemos terminado nossas saladas.

 

 

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Rua Barão da torre 348, Ipanema.

TEL : ( 21 ) 22476711

Calendário sazonal de frutas e verduras na Itália

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Escrito por Dani Bispo

Se tem uma coisa que é muito respeitada na Itália é a sazonalidade dos alimentos.

As estações do ano não são lembradas somente pela temperatura. Elas são lembradas principalmente pela oferta de frutas, legumes e consequentemente pelos pratos típicos de cada época.

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Para o Italiano é muito importante respeitar época certa de cultivo e colheita assim como consumir produtos de qualidade com sabor e preços adequados.

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A sazonalidade dos alimentos italianos não é importante somente para quem mora no país, quem está viajando também pode se beneficiar escolhendo pratos que levem ingredientes que estão na sua época certa para o consumo.

Veja abaixo sazonalidade dos alimentos mês a mês:

Janeiro

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Frutas: Laranjas,  kiwi, limão, tangerina, maçã, pera e toranja.

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Legumes: Acelga, alcachofra, cardo (alcachofra selvagem), cenoura, brócoli, couve-flor, couve, chicória, funcho, batata, chicória, nabo, espinafre, abóbora, radichio

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Fevereiro

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Frutas: Laranja,  kiwi, limão, tangerina, maçã, pera e toranja.

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Legumes: Acelga, aipo, brócolis, alcachofra, cenoura, couve-flor, couve de Bruxelas, repolho vermelho, chicória, cebola, funcho, endívia, escarola, espinafre,  alface, batata, alho-poró, salsinha, radicchio,  verza.

Março

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Frutas:Laranja,  kiwi, limão, maçã, pera e toranja.

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Legumes:Agretti, aipo, abóbora, aspargos, beterraba, brócolis,, alcachofras, chicória, couve, couve-flor, cebolinha, funcho, alface, berinjela, pimentão, alhos-poró, nabo.

 

Abril

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Frutas: Laranjas, morango, kiwi, limão, maçã, nêspera, pera e toranja.

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Legumes: Alho, aipo, aspargo, acelga, alcachofras, cenouras, couve-flor, couve, chicória, cebola, dente-de-leão, espinafre, ervilha, fava, funcho, alface, batata, radicchio, rabanete, rúcula, orégano.

 

Maio

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Frutas: cereja, damasco, morango, kiwi, framboesa, maçã, melão, nêspera, pera, toranja.

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Legumes: Alho, aipo, aspargo,  acelga, cenoura, couve, chicória, cebola, espinafre, feijão, vagem, fava, funcho, alface, batata, ervilha, tomate, radicchio, rúcula, rabanete.

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Junho

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Frutas: Ameixa, cassis, cereja, damasco, framboesa, figo, ginja, morango, melão, pêssego

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Legumes: Abobrinha, alface, aipo, alho, aspargo, acelga, alcachofras, cenouras, couves, chicória, ervilhas, feijão,  fava, beringela, batata, pimentão, pepino, tomate, radicchio, rabanete, vagem.

Julho

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Frutas: ameixa, damasco, melão, cerejas, figo, morango, framboesa, ginja, melão, melancia, mirtilo, pêssego.

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Legumes: Alho, aipo, abobrinha, alface, acelga, cenoura, couve, chicória, feijão, vagem, fava, beringela, batata, pepino, pimentão, tomate, radicchio, rabanete.

 

Agosto

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Frutas: ameixa, figos, framboesa, melancia, morango, maçã, melão, mirtilo, pêra, pêssego, uva.

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Legumes: Alho, aipo, abóbora, abobrinha, acelga, alface, berinjela, batata, chicória, feijão. cenoura, repolho, pepino, vagem,  pimentão, tomate, radicchio, rabanete.

 

Setembro

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Frutas: ameixa, figo, framboesa, maçã, melão, mirtilo, pêra, pêssego,  uva.

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Legumes: Alho, aipo, abóbora, abobrinha, acelga, alface, brócolis, berinjela, batata, cenoura,  chicória, espinafre, repolho, pepino,, feijão, vagem,  pimentão, tomate, radicchio, rabanete.

 

Outubro

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Frutas: Castanha, clementina, caqui, framboesa, limão , maçã, pera, uva.

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Legumes: Alho, acelga, abóbora, aipo, alface, beringela, batata, brócolis, cenoura, chicória, couve-flor, couve, chicória, espinafre, funcho,  pimentão,  nabo, repolho, rabanete.

 

Novembro

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Frutas: Laranja, castanha, clementina, caqui, kiwi, limões, tangerina, maçã, pera, toranja, uva

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Legumes: Alho, abóbora, acelga, alface, aipo, cenoura, batatas, brócolis, couve-flor, couve (cavolo nero), chicória, espinafre, funcho, nabo, repolho.

 

Dezembro

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Frutas: Laranja, castanha, clementina, caqui, kiwi, limão, tangerina, maçã, pera, toranja, uva.

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Legumes:Acelga (bietola da coste) , abóbora, cenoura, alface, batata,  brócolis, chicória, couve-flor, couve, chicória, espinafre, funcho, nabo.

 

Fonte de consulta: alimentipedia.it

Comilões pelo mundo - O original tiramisù de Treviso

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Por Isabela Discacciati

Não basta somente pesquisar o que comer durantes as viagens. Precisamos do aval gastronomico de quem mora mundo afora.

É por isso que criamos a série “comilões pelo mundo”.

A cada semana um convidado que mora no exterior nos falará sobre um prato típico da cidade onde ele mora e ainda e um lugar para come-lo.

Hoje é a querida Isa Discacciati– autora do blog Italia per amore- que vai nos contar sobre o Tiramissú, um prato típico de Treviso,cidade onde ela mora na Italia.

A riqueza da Itália para além da arte e da história, vem também das enormes diferenças entre suas 20 regiões. O Vêneto, lugar que escolhi para viver, tem uma tradição gastronômica extremamente ligada à terra. Os camponeses semeavam, criavam animais, plantavam as uvas e comemoravam com alegria em família a colheita, agradecendo à mãe natureza por meio das tradições populares.

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Foto Adriane Raduenz

 

Treviso tem uma forte tradição na gastronomia com produtos típicos que crescem no território como radicchio, aspargos, prosecco, além de pratos típicos que sobrevivem por anos e atravessam gerações. Um dos meus preferidos porém, é relativamente novo se levamos em consideração tantos anos de tradição culinária.

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O tiramisù, famoso doce italiano que conquistou o mundo, foi inventado exatamente em Treviso, em 1962. A inspiração foi na zuppa inglese, outro doce italiano muito antigo e frequentemente servido nos restaurantes e como sabor de sorvete. O responsável pela invenção do Tiramisù foi o confeiteiro Loly Linguanotto, do restaurante Le Beccherie. A invenção foi citada pela primeira vez em 1981, pelo respeitado Giuseppe Maffioli, autor de revistas e livros de receitas. Apesar disso, a origem do doce é contestada por várias outras regiões da Itália.

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A receita original prevê os seguintes ingredientes: ovos, açúcar, café, mascarpone, cacau e biscoitos savoiardi. O restaurante Le Beccherie fica no centro de Treviso. Hoje, reformado e moderno oferece pratos típicos da culinária trevisana revisitados, mas o tiramisù, seu carro chefe ainda é o mais forte do cardápio. Existe a versão original, minha preferida, e a desconstruída, que utiliza os mesmos ingredientes, porém montados de forma diversa.    

Agora, com vocês, a receita original do tiramisù:

6 gemas de ovos

500 gramas de açúcar

500 gramas de mascarpone

1/2 litro de café sem açúcar e bem forte

biscoitos savoiardi (umas 30 unidades)

cacau em pó

Bater as gemas com na batedeira unindo o açúcar aos poucos até obter uma espuma. Incorpore o mascarpone com delicadeza até obter um creme denso.

Afogue os biscoitos no café a temperatura ambiente um a um (não devem ficar muito moles). Crie uma primeira camada de biscoitos, cubra com o creme e proceda desta maneira até terminar os ingredientes. Coloque na geladeira por pelo menos 2 oras. Antes de servir, polvilhe em cima o cacau amargo.

Comilões pelo Mundo – A Francesinha do Porto

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Por Rita Branco

Hoje quem vai nos contar o que anda comendo pelo Porto é a querida Rita Branco autora do blog O Porto Encanta.

A Rita é uma apaixonada pela cidade onde mora desde 2005 e garante que não podemos de deixar de conhecer o curioso prato que fez fama na cidade, a Francesinha.

Com vocês, A Francesinha do Porto:

O Porto é uma cidade gastronômica. Além do conhecido vinho do Porto, a cidade é preparada para receber os maiores comilões do mundo.

Ninguém fica indiferente com a variedade gastronômica do Porto, principalmente porque  tem uma oferta que vai desde os mais simples até os restaurantes estrelados. E consegue ter uma oferta de pratos típicos de várias regiões portuguesas.

Mas os pratos típicos do Porto são: as Tripas à moda do Porto (igual à dobradinha brasileira), o Bacalhau à Gomes de Sá e a famosa Francesinha.

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Dizem que quem vem ao Porto e não come uma Francesinha é o mesmo que ir à Roma e não conhecer o Papa.

A sua história é a seguinte: um português aqui da região do Porto, foi trabalhar na França, na década de 1960 e lá ele conheceu, e comeu muito o tal do "croque monsieur", que é uma espécie de misto quente brasileiro. Mas para um bom portuga, aquele lanche era muito "sem graça" e ele resolveu "valorizar" o sanduíche. Acrescentou algumas carnes, mais queijo, ovo, inventou um molho especialíssimo e muito picante para jogar por cima, e como se não bastasse, vem acompanhada de batata frita.

Quando ele retornou a Portugal, foi trabalhar num restaurante no centro do Porto e pediu autorização para o patrão para confeccionar esta sua invenção para os clientes do restaurante. Ainda bem que o patrão autorizou, porque hoje podemos saborear este maravilhoso lanche no prato, ótimo para quem precisa repor as calorias perdidas depois de andar muito pelas subidas e descidas do Porto
Outra curiosidade, é o autor do prato chamar a sua invenção de Francesinha, em homenagem à mulher francesa, que segundo ele: é quente, úmida e picante...
A melhor é a original, mas hoje já existem versões de frutos do mar, vegetariana e outras.

Os meu locais preferidos para comer uma boa Francesinha são o Bufete Fase na Rua de Santa Catarina. o Café Santiago na Rua de Passos Manuel e o Requinte em Matosinhos.

Mas a Francesinha está por todos os restaurantes da cidade. É obrigatório conhecer.

Comilões pelo Mundo – Cannolo e Arancino da Sicilia

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Por Patricia Kalil

Essa semana convidei a querida Patricia Kalil do blog Descobrindo a Sicilia para contar pra gente quais as suas delícias preferidas nesta ilha linda, quente e de pratos memoráveis.

 

Quando alguém me pergunta quais meus pratos preferidos na Sicília, realmente consegue me colocar em difilcudade. Seria capaz de definir um inteiro cardápio de pratos sicilianos preferidos, da entrada à sobremesa.

O fato é que a Sicília é uma região imensa e sua culinária é milenar, por isso a enorme variedade de opções faz com que o viajante nunca coma mal: há pratos para todos os tipos de dietas e paladares!

Mas vamos ao que interessa, decidi falar de duas iguarias que têm se tornado muito populares no Brasil: o cannolo e o arancino.

O cannolo

Cannolo da Pasticceria Roberto

 Foto: Patricia Kalil

O cannolo (assim escrito, com dois ‘n’ e um ‘l’) é uma especialidade típica siciliana e já era um doce conhecido na época do Império Romano, visto que foi citado por Cicerone em um de seus diários. Trata-se de uma massa modelada em forma de tubo, dura e frita, recheada tradicionalmente com creme de ricota (na Sicília, rigorosamente ricota de ovelha) e pedacinhos de chocolate.

O doce é chamado assim porque inicialmente a massa era modelada com a ajuda de varas provenientes de uma planta típica da área do Mediterrâneo, a “canna di fiume”, cujos ramos têm forma de tubo e são ocos. Hoje em dia os cannoli são modelados com a ajuda de formas específicas, uns tubos de aço que aqui é fácil encontrar em qualquer loja de artigos para casa e cozinha.

Os melhores cannoli que você poderá comer na Sicília são aqueles recheados na hora (a massa amolece depois de alguns minutos em contato com o creme), independentemente da cidade onde você estiver.

De qualquer maneira, um lugar que produz excelentes cannolié o Laboratorio Pasticceria Roberto, em Taormina, apelidado de “O Mago dos Cannoli”.

Os doces feitos por Roberto são uma delícia, sempre frescos e recheados na hora em modo artesanal. O lugar não é uma mega confeitaria, mas apenas um pequeno laboratório de produção de doces, de poucos tipos, mas todos de altíssima qualidade.

O arancino

A primeira vez que vi um arancino em uma vitrine de uma rotisseria siciliana, jurava que era uma coxinha. Isso porque o salgado quase sempre tem a mesma forma da nossa amada coxinha brasileira.

Quer dizer, o arancino produzido no leste da Sicília, já que aqueles de Palermo são redondos!

Arancini

 Foto: Patricia Kalil

Explico melhor. Praticamente o arancinoé alvo de eternas discussões entre aqueles que defendem a teoria que o nome correto é Arancina e teria forma rigorosamente redonda como uma laranja (já que o nome derivaria da palavra ‘arancia’, laranja em italiano) e aqueles que dizem que o Arancino é macho e deve ter forma de cone, lembrando o vulcão Etna.

Bem, redondo ou cônico, o arancino(a)é um bolinho de risotto, temperado com açafrão, frito e recheado. O recheio usado tradicionalmente é o ragù de carne, mas hoje em dia existem versões com os mais variados recheios, inclusive vegetarianos, como aquele de ricota e espinafre.

A história diz que o arancino teria nascido durante o período que a Sicília era dominada pelos árabes, quando, durante os banquetes, era disposto no centro da mesa um enorme prato de arroz temperado com açafrão, carnes e verduras. Parece que o rei Frederico II da Sicília amava tanto esse prato que queria tê-lo sempre à disposição durante as suas viagens, surgindo assim a necessidade de elaborar uma versão mais simples de transportar. Foi aí que alguém decidiu modelar o arroz em grandes bolas e fritá-los. Um gênio.

Um dos meus lugares preferidos para comer o Arancino é o Bar Savia em Catania. Eles produzem uma quantidade inimaginável de arancini todos os dias, portanto estão sempre frescos. A casquinha é crocante, o recheio muito saboroso (sou tradicional e peço sempre o de carne) e o queijo que derrete, formando um puxa-puxa. Indescritível.

Se, no entanto, você se encontra na capital da Sicília, Palermo, lembre-se de pedir uma ArancinA, no feminino. Um lugar que costumo frequentar é o KePalle Arancine d’Autore, uma espécie de “arancineria” gourmet que propõe cerca de 40 tipos de recheio, entre tradicionais, veganos e até versões doces, como aquele com recheio de Nutella.

Os arancini sicilianos são geralmente bem grandes e são uma ótima opção de refeição rápida.

Não deixe de vir para a Sicília e não saborear uma dessas delícias. Tenho certeza que serão momentos de inesquecível prazer gastronômico!

Endereços dos lugares que citei:

Laboratorio Pasticceria Roberto - Via Calapitrulli, 9, Taormina

Bar Pasticceria Savia– Via Etnea, 302/304, Catania

Ke Palle – Via Maqueda, 270, Palermo


Comilões pelo Mundo–Risotto alla milanese + Ossobuco de Milão

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Por Mage Santos

A nossa convidada de hoje vem da região da Lombardia, mas precisamente de Milão.

A querida Mage Santos, autora do blog Milão nas Mãos nos conta um pouco da história e tradições Italianas nesse post, dá só uma olhada.

País de grandíssima variedade gastronômica, é possível viajar pela Itália por semanas sempre comendo um prato ou um produto diferente, uma especialidade local, um formato de massa, um tipo de molho e até ingredientes usados em um lugar, mas que nuca se ouviu falar em outro.

Os pratos mudam de região a região e até de cidade em cidade, assim você pode se encontrar a 50km de um lugar e já não encontrar mais um certo prato no cardápio.

Mas falando da minha cidade e no meio dessa variedade toda, qual é o prato típico de Milão? Existe só um?

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Foto: Mage Santos

Bem, a lista poderia conter cerca de dez pratos realizados e consumidos em Milão e na região da Lombardia, mas o mais popular nos restaurantes milaneses é o risotto giallo (amarelo) ou risotto alla milanese, que é o risoto simples preparado com açafrão.

A lenda conta que esse prato tem origens no século 16, quando o canteiro para a construção do Duomo estava a mil por hora e vários artesãos viviam na cidade. Entre eles, não faltavam os vidraceiros que realizavam os lindos vitrais da catedral, usando substâncias naturais para produzir as cores. Entre pedras e outros minerais, os vidraceiros usavam também certas espécies alimentares como o açafrão.

Essa espécie era muito usada por um assistente do chefe vidraceiro Valerio di Fiandra, que colocava açafrão aqui e ali para reavivar as cores, irritando muito seu chefe, que um dia proclamou: ‘você com essa mania, vai acabar um dia colocando açafrão até na comida’.

Dito e feito, no dia do casamento da filha do chefe vidraceiro, o assistente não perdeu tempo e acrescentou o açafrão ao arroz servido no banquete, que era preparado só com manteiga.

O sabor e a cor do açafrão entusiasmaram os convidados e o prato foi um sucesso. Nascia assim, o risoto milanês.

Ainda que seja um prato tradicional, para mim o risoto de açafrão só se completa e é 100% milanês quando vem acompanhado pelo ossobuco, formando um prato único. Confesso que eu só consigo encarar a dupla de novembro até no máximo março porque para mim é um prato invernal.

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Foto: Mage Santos

Mas o risoto milanês é presente o ano todo em vários restaurantes da cidade, mais ou menos turísticos. Nos modernosos Pisacco e Ratanàé possível comer o risoto milanês o ano todo (eu prefiro o Pisacco), sendo que no Ratanà é fixa também a proposta com ossobuco.

Em Brera também é possível comer um bom risoto milanês (sem ou com ossobuco) na centralíssima Osteria de Brera.

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Foto: Mage Santos

Mas não posso terminar esse post sem acenar outras duas especialidades milaneses conhecidas mundialmente: a cotolleta alla milanese (vulgo bife à milanesa), especificando que a verdadeira é a costela de vitelo servida com osso e frita na manteiga e o famoso panettone, que em algumas confeitarias de Milão como a Marchesi, Cova e a Peck você encontra o ano todo.

Bom apetite!

Picnic à Italiana

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Escrito por Dani Bispo  e Marco Baldacci

Cada região da Itália tem suas peculiaridades gastronômicas e é por isso que insisto em dizer que mesmo passando uma vida por lá não conseguiremos conhecer todas delícias disponíveis.

Mas você pode desfrutar dessa diversidade da sua maneira.

Existem pessoas que não se importam de passar o dia inteiro só com um bom sanduiche, aliás tem gente que prefere um lanche rápido durante a turistada para mais tarde fazer um belo jantar.

Na Itália comer um panino não é sinal de comer mal, muito pelo contrário. Na terra do glúten, queijos, frios e vinhos maravilhosos montar um panino é sinal de lanche rápido e muito gostoso.

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 Fonte: Scamporella

Por isso aconselhamos: vá à uma feira ou supermercado e procure sempre produtos regionais, dessa forma a experiência ficará muito mais autêntica.

Para te ajudar, vou contar quais os produtos regionais você deve comprar para preparar um bello pic-nic.

Na primavera ou verão, se tiver um parque ou jardim pelo caminho estenda uma bela canga e voilà.

 

Veneza

Coloque na mochila:

Pães: Ambrogiano, Bastone, Cioppa ou Cioppetta;

Frios: Crema di Baccalà mantecato (uma pasta de bacalhau encontrada no setor de frios e pastinhas dos supermercados); Sopressa vicentina (salame), Prosciutto Veneto Berico-Euganeo, Salamini italiani alla Cacciatora DOP;

Queijos: Casatella Trevigiana, Monte Veronese, Asiago;

Para acompanhar: Miele delle Dolomiti Bellunesi;

Doces: Torta del dodge ou Dolse del redentor (doce típico veneziano feito com farinha de milho amarelo e uva passa);

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Fonte: Scamporella

Para beber: 

 A região do Veneto ocupa o primeiro lugar na produção de vinho italiano de qualidade com 24 regiões DOC.

Você pode escolher entre esses vinhos: Valpolicella, Recioto, Amarone,  Soave, bianco di Custoza, Lessini Durello, Lugana, Bardolino, Durello, Arcole, Terradeiforti e Valdadige. Se acabar do tradicional drink Spritz que nasceu por essas bandas.

Onde sentar:

Fique bem atento, em Veneza é proibido comer na rua. Por causa do lixo gerado, esse ato é passível de multa.

Se quiser fazer ótimo bom picnic vá até o Giardini della Biennale ou ao Parco San Giuliano em Mestre de onde se tem uma linda vista da cidade.

 

Milão

Coloque na mochila:

Pães: Micchetta, Ciabatta, Pane Mantovano, Schiacciatina e Maggiolino;

Frios: Bresaola della Valtellina  (carne bovina seca e temperada),  Salame di Varzi ou Salame d'Oca di Montara (salame de pato);

Queijos: Gorgonzola, Quartirolo Lombardo, Taleggio, Valtellina Casera;

Doces: Panettone;

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Fonte: Scamporella

Para beber: 

Franciacorta (espumante), Oltrepò Pavese Metodo Classico, Scanzo o Moscato di Scanzo, Sforzato di Valtellina ou Sfursat di Valtellina, Valtellina Superiore,  Bonarda dell'Oltrepò Pavese, Botticino, Buttafuoco dell'Oltrepò Pavese ou Buttafuoco,  Capriano del Colle,  Casteggio, Cellatica, Curtefranca, Garda, Garda Colli Mantovani, Lambrusco Mantovano, Lugana, Oltrepò Pavese, Pinot Grigio dell'Oltrepò Pavese, Pinot Nero dell'Oltrepò Pavese, Riviera del Garda Bresciano ou Garda Bresciano, San Colombano al Lambro ou San Colombano, Sangue di Giuda dell'Oltrepò Pavese ou Sangue di Giuda, San Martino della BattagliaTerre del Colleoni ou Colleoni, Valcalepio,  Valtellina Rosso ou Rosso di Valtellina ,Valtènesi;

Onde sentar:  

Parco Sempione, Giardino Indro Montanelli, Parco Papa Giovanni Paolo II;

 

Florença

Coloque na mochila:

Pães: Pane Toscano, Pan di ramerino, Pane di farro, Pane di neccio, Pane mafalda, Pane di patate;

Frios: Prosciutto Toscano DOP e Salame Toscano, Finocchiona e Finto Tonno, Biroldo, Salsicce allo zenzero, Lardo di Colonnata,  Rigatino profumato con finocchio selvatico;

Queijos: Pecorino, Ricotta di Pecora, Caciotta stagionata, Grande Vecchio di Montefollonico, Marzolino del Chianti, Guttus (gorgonzola de ovelha);

Doces:  Panforte di Siena, Ricciarelli, Panpepato, Schiacciata dolce, Castagnaccio;

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Fonte: Scamporella

Para beber:  Brunello di Montalcino e Chianti, Nobile di Montepulciano, Vernaccia di San Gimignano, Vermentino, Vin santo (vinho doce licoroso) e Moscadello di Montalcino

Onde sentar:  Parco delle Cascine, Giardino del Bobolino (um parque próximo a Via del bobolino), Giardino delle Rose;

 

Bolonha

Coloque na mochila:

Pães: Piadina Romagnola (fino como pão árabe) e Coppia ferrarese;

Frios: Prosciuto di Parma, Panceta Piacentina, Culatello di Zibitello, Mortadella di Bologna, Coppa Piacentina, Salame Piacentino, Salamini italiani alla cacciatora;

Queijos: Parmigiano Reggiano, Grana padano, Formaggio di Fossa, Provolone Valpadana, la Casatella e Squacquerone di Romagna;

Para acompanhar: Aceto balsamico di Modena,

 Doces: Zuccherini montanari, torta di Riso, il Castagnaccio;

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Fonte: Scamporella

Para beber:  Albana di romagna,Sangiovese di Romagna, Lambrusco, Pignoletto, Colli Bolognesi (vários tipos), Reno, Trebbiano di Romagna.

Onde sentar:  Giardini Margherita (pulmão verde da cidade), San Leonardo (pequeno jardim com mesas de madeira para se sentar), Parco San Pellegrino (fora do Centro mas com vista para o Santuário de San Luca).

 

Roma

Coloque na mochila:

Pães: Pane di Genzano, Rosetta, Pangiallo, Pane di Lariano;

Frios: Porchetta, Prosciutto Amatriciano, susianella, prosciutto, le coppiette di Bassiano, la mortadella romana e il salamino tuscolano;

Queijos: Pecorino Romano, Ricotta romana, Caciotta e Cacioricotta;

Para acompanhar: Panzerotti Romani;

Doces: Ciambelline ao vino, Crostata alla Ricotta, Turchetti;

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Fonte: Scamporella

Para beber:  Frascati, Torre Ercolana, Trebbiano, Bianco Capena, Orvieto DOC; 

Onde sentar:  Villa Borghese, Villa Ada, Villa Torlonia, Villa Doria Pamphilj;

 

 

Napoles

Coloque na mochila:

Pães: frisella (uma espécie de torrada), pane cafone, pane  di saragolla;

Frios: salame napoletano, cicoli;

Queijos: Mozzarella di Bufala Campana,  Ricotta di Bufala Campana, Burrata di bufala, fiordilatte, provola, caciottella fresca, scamorze, Bocconcini alla panna di bufala, burrino;

Para acompanhar: Favas frescas, Casatiello (uma torta salgada), pizza Margherita;

Doces: Pastiera, babà, sfogliatella, struffoli;

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Fonte: Scamporella

Para beber:  Taurasi tinto, Fiano di Avellino branco e Greco di Tufo, branco;

Onde sentar:  Villa Floridiana,  Parco Virgiliano, Villa Comunale di Napoli, Parco Virgiliano;

 

Palermo

Coloque na mochila:

Pães: Pane forte, mafalda, scaletta, focaccia, torcigliato, Pane di Monreale

Frios: Camponata (não é frio, mas não tem como não levar!), salame siciliano, salame al pistacchio, Prosciutto crudo di suino nero (parece com Javali).

Queijos: Ricotta infornata, Caccio al peperoncino, cacciocavalo pecorino,

Para acompanhar:Arancino, Miele di sulla, Marmellata di Mandarino di Ciaculli, Miele di ape nera (abelhas negras)

Doces: Cannoli, Cassata, pasta reale

Para beber:  Nero d’avola, Bianco d’alcamo, Contessa Entelina.

Onde sentar:  Villa Malfitano, Villa Giulia, Parco d'Orleans

Comilões pelo mundo – Sunday roast do Reino Unido

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Escrito por Helo Righetto

A dica de hoje vem de um lugar onde muitos acham que seria improvável comer bem, o Reino Unido.

Quem vai nos contar quais são as delícias que os ingleses comem aos domingos é a querida Helô Righetto que mora em Londres e escreve nos blogs Aprendiz de Viajante e Helo Righetto, Londres e Afins .

Apesar de ser possível dar a volta gastronômica pelo mundo sem sair de Londres, vale a pena experimentar alguns dos pratos locais. Principalmente porque, em todo o país, há uma forte tendência em utilizar ingredientes locais, provenientes das fazendas do Reino Unido. E aí você se pergunta: como assim, há mais na gastronomia britânica do que o fish & chips? Sim sim, muito mais!

Helo 1

by robbie jim derivative work: Jocian [CC BY 2.0 (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons

Escolhi falar do Sunday Roast porque é um prato que vai além do paladar: tem a ver com o estilo de vida britânico, já que é servido nos tradicionais pubs. Pois é, nem só de cerveja vivem os pubs!

O Sunday Roasté facilmente encontrado em pubs aos domingos (O nome é auto-explicativo: Sunday Roast significa assado de domingo). Muitos pubs inclusive não servem outra coisa além dele nesse dia. Em datas comemorativas, como dia das mães e dia dos pais, as famílias costumam almoçar fora para comer o Sunday Roast.

O assado em si é sempre uma carne: vaca (beef), porco (pork), carneiro (lamb ou mutton), pato (duck), frango (chicken) e veado (venison) são os mais encontrados. Os vegetais que acompanham (geralmente batatas, brócolis, vagem e repolho) nunca são ‘crus’: são servidos grelhados, no vapor ou também assados. Outro acompanhamento indispensável é o Yorkshire pudding, uma massa (formato redondo, com um buraco no meio) feita de ovos, farinha e leite sobre a qual joga-se o molho (gravy). O sabor do molho também varia, de acordo com o tipo de carne.

O prato costuma ser bem servido, pra matar fome de leão!

E de sobremesa?

Já que é pra ser tradicional, que tal escolher entre esses dois doces para fechar o almoço de domingo?

 

Quer saber tudo o que comer em Londres? Leia Londres - Comidas Típicas Inglesas

 

Banoffee pie

Torta de banana com creme e caramelo, feito com leite condensado fervido, algo parecido com o doce de leite.

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cc-by-2.0 fonte: http://flickr.com/photos/97451431@N00/2060066991

A palavra banoffee, banana + toffee foi incorporada ao dicionário inglês e é usada para descrever qualquer produto que tenha gosto ou cheiro desses dois ingredientes.

 

Sticky toffee pudding

A palavra ‘sticky’ no nome desse doce refere-se à consistência do molho (pegajoso/grudento), feito de açúcar caramelizado.

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  cc-by-2.0 fonte: http://tamandlaura.blogspot.com/2007/03/how-english-can-you-get.html

Esse molho cobre um bolo bem molhado, que contém tâmaras e caramelo (daí a palavra ‘toffee’). Por fim, ‘pudding’ é a maneira pela qual os ingleses referem-se à sobremesa, que nesse caso foi incorporada ao nome.

Comilões pelo mundo – A cozinha Toscana

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Escrito por Denya Pandolfi

Não há de se negar que a região da Toscana na Itália atrai os amantes de vinhos, mas o que muita gente não sabe é que a cozinha toscana é igualmente maravilhosa.

E hoje quem vai nos contar um pouquinho sobre a cozinha Toscana é a querida Denya Pandolfi  do Blog Grazie a Te.

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Pão Toscano – foto: Grazie a Te

A Toscana é a região italiana que ocupa um dos primeiros lugares quando o assunto é gastronomia. Sua cozinha  é simples e saudável, constituída de ingredientes frescos e genuínos. Em sua base está o pão, que vemos em diversas receitas.  Vou contar um pouquinho sobre os pratos locais com ênfase nas entradas típicas e dar endereços aqui de Firenze que sugiro para vocês experimentarem os antepastos.

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Robollita - foto: Grazie a te

Bem, como falei, o pão (ah, o pão toscano é sem sal, rústico e com a crosta crocante) está presente em diversas receitas. Inclusive a sua reutilização fez com que surgissem ha séculos muitos pratos que até hoje fazem parte da cultura gastronômica local, como a panzanella, a ribollita, a pappa al pomodoro e a sopa de verduras.  E muitos pratos também são preparados com carne. Protagonista é a bistecca alla fiorentina, preparada com a carne Chianina, raça de boi da região do Val di Chiana e servida ao sangue. E as carnes de caça, como javali e lebre, são utilizadas para a preparação de molhos que acompanham as massas.

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Bistecca alla fiorentina - foto: Grazie a te

A cozinha toscana é considerada pobre (cucina povera), mas cheia de aromas! Os pratos respeitam as estações do ano, portanto existem muitos pratos sazonais. Nos meses frios as sopas de verduras e as massas com molhos de carne de caça (como javali), já no verão as receitas levam ingredientes mais leves e frescos com os produtos da estação. Se estiver passeando por aqui no verão não deixe de experimentar a pappa al pomodoro, uma sopa preparada com pão, tomate, alho e manjericão. É imperdivel!

Não posso absolutamente deixar de falar do famoso panino, streetfood típico que os toscanos preparam como ninguém!  No recheio do seu pão você vai poder escolher presunto, queijo, verduras e até mesmo peixe. Um tradicional panino típico de Firenze é feito com o lampredotto, que é a 4ª parte do estômago do boi.  E para entrar no ritmo dos locais, pegue o seu e coma também pelas ruas, essa é uma experiência inesquecível! E se acompanhado por uma tacinha de vinho, uhm....

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Lampredotto - foto Grazie a te

Além de ser uma região maravilhosa, a Toscana é uma terra rica que produz azeite de oliva e vinho e é famosa pela produção de presuntos e queijos, como o Pecorino, da região de Pienza (excelente se consumindo com mel!). Adoro pedir de entrada uma tábua com queijos e presuntos! Aliás, o antepasto é pra mim super especial!  Adoro as entradas servidas nos restaurantes toscanos, como  os saborosos crostini,  que tem como base  o pão tostado. Os crostini podem ser de fegatini (figado de frango), com queijo, nozes e mel, com tomate, com Lardo de Colonnata ou feijão com azeite.  Peça um antipasto misto toscano que você não vai se arrepender!

Aqui em Firenze, meus locais prediletos para degustar o antepasto, como os crostini e as tábuas de queijo e presunto são:

Fuori Porta - via del Monte alle Croci, 10 r

Trattoria Marione-  via della Spada, 27

Quattro Leone - Piazza della Passera

Il Santo Bevitore - via Santo Spirito, 64

Recentemente escrevi um post sobre os pratos típicos da Toscana. Você pode conferir mais detalhes clicando  aqui.: http://grazieate.com.br/pratos-tipicos-da-toscana/

Mudança Brasil – Itália

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Escrito por Dani Bispo

Novos ventos nos trouxeram para o país da bota. Não posso dizer que é para sempre porque “para sempre” é muito tempo para o nosso vocabulário de expatriados/repatriados.

Um monte de gente está me perguntando como se deu essa mudança e eu resolvi escrever um post explicando.

Querido passado

Tudo começou lá em 2014 quando o Marco ficou desempregdo. Começava rumores de crise no Brasil e não pensavamos que seria tão grave.

Mesmo com ele sem trabalho continuamos nossa vida por lá afinal eu tinha um emprego “estável”. Já trabalhava como arquiteta há 8 anos em uma empresa que tinha como filosofia manter o funcionário até o final, inclusive nos momentos de crise.

Enquanto eu trabalhava, o Marco procurava uma recolocação sem sucesso. Até que no início desse ano apareceu o Uber na nossa vida. Ele resolveu encarar essa nova empreitada já que ficar meses trancado  em casa sem uma ocupação e sem falar com ninguém não é saudável.

Até que no fim de Agosto veio a bomba: minha empresa - que já havia demitido várias pessoas - não recebia por trabalhos entregues. Meu chefe muito contrariado resolveu demitir os 4 últimos da equipe, eu estava inclusa.

Com Marco desempregado, o Uber sendo uma doce ilusão e o meu sogro com problemas de saúde (Marco é filho único), era a hora de colocar em prática nosso plano B: Alugamos nosso cafofo no Rio e viemos passar um tempo na Itália onde tinhamos um casal de idosos e um apartamento fechado nos esperando.

Aos menos por um ano estaremos por aqui, pois que é o tempo que nosso AP do Rio está alugado.

Nesse tempo tentaremos a todo custo conseguir um emprego. Temos consciência que a Itália já não é a mesma de outrora e que não será fácil conseguir uma recolocação nas nossas profissões.

Mas chegamos com o coração aberto à novas oportunidades, sem preconceito e com a esperança que aqui poderemos viver uma vida mais tranquila, sem a violência do meu querido Rio de Janeiro.

Agora é esperar para ver.

Comilões pelo mundo – Salmão de Seattle

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Escrito por Camila Picolli

Se você pensa que nos Estados Unidos só se come Junkie food, prepare-se pois a Publicitária e Blogueira Camila Picolli do Blog Livre & Leve veio desmitificar isso e contar o que Seattle tem de bom para comer.

Diga ae Camila…

 

Muitos pensam que nos Estados Unidos come-se apenas hambúrguer, batatas fritas e cachorro-quente. Mas a realidade é bem diferente. O país tem  dimensões continentais e por isso cada região possui suas peculiaridades e comidas típicas.

Eu moro em Seattle, que fica numa região conhecida como Pacific Northwest. Estamos cercados pelo Oceano Pacífico, baías, lagos e rios; por isso a abundância de peixes e frutos do mar é incrível.

O peixe mais popular por aqui é o salmão.  Para ficar ainda mais interessante, existem muitas variedades. Entre elas estão o king salmon, sockeye e coho salmon. Os nativos de Seattle conhecem as diferenças de longe!

Não é à toa que um dos pontos turísticos mais populares da cidade é a banca de peixes do Pike Place Market. Além da variedade de produtos frescos e da alta qualidade, os peixeiros são super animados. Não importa o dia que você visitar o mercado público, vai sempre encontrar muitos turistas ansiosos para ver o famoso “peixe voador”.

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 Pike Place Fish Market - cada vez que alguém realiza uma compra, eles cantam e jogam o peixe de um para o outro. O famoso show do “peixe voador” (foto: Camila Picolli)

Como eles servem o salmão? Não importa. Pode ser defumado, cru, assado, grelhado ou frito; o salmão faz parte do cardápio em qualquer refeição. Você pode começar o dia com ovos e salmão defumado; almoçar uma chowder (sopa cremosa) de salmão e, no jantar, substituir a carne do hambúrguer por um lindo filé de salmão grelhado. Vale tudo, só não vale visitar Seattle e não comer o peixe preferido dos seattleites.

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 Burger de salmão - perfeito para quem quer comer um prato típico americano com gostinho de Seattle (foto: Camila Picolli).

 

Eu não poderia terminar este post sem contar para vocês qual é o meu lugar preferido para comer salmão aqui em Seattle. A dica é o Duke's Chowder House* em Alki Beach. Este restaurante foi inaugurado em 1976 e é super tradicional. Além de já ter sido premiado diversas vezes como o melhor restaurante de frutos do mar da cidade, todos os peixes servidos por eles são oriundos de pesca sustentável. Bacana, né?

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Salmão com crosta de manjericão ao molho de gengibre - meu preferido do Duke's Chowder

(foto: Camila Picolli)

*Duke's Chowder House

2516 Alki Ave SW, Seattle

Comilões pelo mundo – Bouillabaisse, a peixada típica de Marseille

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Escrito por Natalia Itabayana

A comilona de hoje vem da bela Provença, região Francesa famosa pelas lavandas mas também pelo sol e mar estonteante.

A Natalia Itabayana do blog Destino Provence vai nos contar qual seu prato preferido na região onde mora e os melhores locais para come-lo.

Sou uma comilona inveterada de peixes, mas mineira morando a pelo menos 400km do litoral, cresci comendo peixe fresco nas férias de verão em Cabo Frio, ou vez ou outra minha saudosa avó materna nos deliciava com sua inconfundível moqueca capixaba.

Quando nos mudamos pra França, me senti privilegiada por morar numa região ensolarada, mesmo durante os frios e curtos dias de inverno, e a pouquíssimos kilômetros de distância do meditarrâneo.

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Foto: Natalia Itabayana

Moramos em Aix-en-Provence, no sul da França, há quase sete anos, e ao longo desse tempo já degustamos a colorida e saborosa culinária provençal com certa frequência, e elegi a peixada marselhesa como um prato típico de figurar nessa coluna dos comilões por dois motivos : a história do prato e a possibilidade de degustar com vista pro mediterrâneo.

A bouillabaisseé uma peixada de restos de pesca: os pescadores, depois de separarem os peixes pra vender na feira pela manhã, recolhiam as sobras que não necessariamente interessavam os clientes e preparavam um cozido pra família.

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Foto: Natalia Itabayana

Os peixes usados na bouillabaisse são chamados peixes de rocha pelo fato de serem encontrados, adivinhem onde?  Esses peixes iam parar invariavelmente nas redes dos pescadores, mas por serem pouco procurados, eram descartados, ou melhor, eram a comida da família.

Aos poucos, a peixada ganhou fama e lugar inclusive em restaurante estrelado, e hoje os peixes de rocha tem lugar ao lado dos demais nas bancas da feira no Vieux Port em Marseille.

O  nome“bouillabaisse” vem da forma de preparo da peixada: quando a sopa ferve (no francês, bouillir) deve-se abaixar o fogo (baisser em francês). Ela é servida acompanhada de batatas cozidas e de um delicioso molho à base açafrão e alho, chamado rouille (ferrugem em tradução literal, por conta da cor do molho).

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Foto: Natalia Itabayana

Recentemente aprendemos a cozinhar a bouillabaisse e vimos que, apesar da extensa lista de ingredientes e da aparente complexidade da receita, quando feita em família torna-se uma refeição extremamente convivial e agradável de preparar, e cujo tempo de preparação passa na mesma facilidade com que os cubos de gelo do aperitivo derretem sob o calor provençal!

Bom, vamos ao que interessa, os endereços de restaurantes onde essa delícia é servida!

Antes de tudo, vale salientar que somente em Marseille o prato tem o nome de Bouillabaisse, mas uma peixada igualmente boa é servida no litoral provençal com o nome de“marmite du pêcheur”.

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Foto: Natalia Itabayana

Quando experimentamos o prato pela primeira vez fomos ao restaurante Le Rhul, que fica na avenida beira-mar em Marseille, e ainda fomos brindados com um belíssimo pôr-do-sol e uma mesa com vista pro mediterrâneo.

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Foto: Natalia Itabayana

Também me recomendaram na mesma época os restaurantes Chez Michel (estrelado pelo guia Michelin), Le Petit Nice e Chez FonFon, que fica no pitoresco Vallon des Auffes, um porto muito charmoso não muito longe do Vieux Port. Vale lembrar que o prato demanda uma preparação minuciosa e demorada, por isso é importante garantir a reserva com antecedência. Além disso, dada a quantidade e valor dos ingredientes, vale reservar um extra no orçamento da viagem, mas garanto que vale cada euro! Quem já experimentou ?

Endereços :

Le Rhul

269, Corniche Kennedy – Marseille – (33) 4 91 52 01 77

Le Petit Nice

Anse de Maldormé, Corniche Kennedy – Marseille – (33) 4 91 59 25 92

Chez Michel

6, Rue des Catalans – Marseille – (33) 4 91 52 30 63

Chez FonFon

140, Vallon des Auffes – Marseille – (33) 4 91 52 14 38


Comilões pelo mundo - Almoço típico bávaro

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Escrito por Camilian Pereira

A Comilona de hoje vem do norte da Europa, terra da cerveja e de pratos com muita carne de porco, quem adivinha?

A Camilian Pereira que mora em Munique e escreve o blog Destino Munique vai nos contar sobre um almoço típico Bávaro.

 

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, a Alemanha não é apenas a terra da salsicha – é também a terra da carne de porco e da batata! Na verdade encontramos de tudo um pouco no quesito gastronomia por aqui, os alemães são bem abertos a provar novos sabores e incorporá-los no seu dia a dia, mas tradicionalmente a carne de porco e acompanhamentos com batata estão presentes em quase todos os seus pratos principais.

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foto: Camilian Pereira

Aqui na Baviera, no sul da Alemanha, o prato mais tradicional e querido pela grande maioria é o famoso joelho de porco, temido por muitos por ter a imprensão de ser um prato nada saudável e bastante gorduroso. Vamos desmistificar então isso!

No Brasil, em cidades colonizadas pelos alemães, este prato chama-se Eisbein, mas chegando aqui em Munique, por exemplo, o nome é Schweinshaxe. E na verdade, “joelho” é um nome que demos a esta parte do porco devido ao aspecto, e muitas pessoas tem a imprensao de este prato ser de cartilagem. O joelho de porco na verdade é a carne da parte inferior da coxa do porquinho – Haxe em alemão, que vai até o joelho propriamente dito, ou seja, tem muita carne, e o que tem de gordura, pode ser facilmente deixado de lado, se você não gosta.

Leia também sobre Salgados na Baviera no Destino Munique

O joelho de porco na maioria dos lugares aqui em Munique é preparado na brasa, como um frango assado de padaria no Brasil. Fica por horas girando, deixando-o bem sequinho e a gordurinha forma um torresmo, a famosa “pururuca”, que mesmo nada saudável, difícil de deixá-la de lado neste prato.

Os acompanhamentos podem ser diversos para este prato, mas os feito com batatas são as melhores combinações. Os meus favoritos são a tradiconal salada de batatas (Kartofelsalat) e as batatas coradas (Bratkartoffeln), feitas na frigideira com alecrim, cebola e manteiga (ou azeite).

A bebida para acompanhar este prato não poderia deixar de ser uma boa cerveja bávara! Se você não curte cerveja mas queria provar uma mais fraquinha, a Radleré a opção ideal, que é a cerveja clara com toque de limão. Se você não é adepto de bebida alcóolica, faça como os alemães, peça uma Apfelschorle, que é suco de maçã com água tônica.

Se sobra ainda um espacinho para sobremesa, um strudel de maçã (Apfelstrudel) ou um sorvete de creme com calda quente de framboesa (Vanilleeis mit heißen Himbeeren) são excelentes pedidas.

Leia também sobre Doces na Baviera no Destino Munique

Em Munique, deixo aqui uma dica do joelho de porco mais gostoso e tradicional, premiado todos os anos como o melhor da cidade, o restaurante Haxnbauer*. É divino! O restaurante serve outros pratos, de carne porco a peixe com salada.

Bom apetite e deliciem-se nos sabores bávaros.

Camilian Pereira

 

* Haxnbauer

Endereço: Rua Sparkassenstraße 10

Acesso: Todas as linhas de trem (S-Bahn) e linhas de metro U3 e U6 (U-Bahn), estação Marienplatz ou linhas U4 e U5, estação Odeonsplatz.

Telefone: 089 2166540 (é possível fazer reserva, por telefone, no local ou on line neste link)

Funcionamento: diariamente, das 11h às 24h.

Panetones na Itália, para enlouquecer qualquer um

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Escrito por Dani Bispo

No meio de novembro durante uma simples ida ao supermercado notei que aos poucos começaram aparecer nas prateleiras um produto natalício que eu amo.

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Cada semana que passava aparecia um pouco mais. Semana passada quando me dei conta vi que haviam mais de 30, eu disse 30 tipos de panetone meu amigo.

Os preços variam entre 3 e 19 euros, mas não se engane, existe no mercado italiano panetones mais caros.

Resolvi mostrar para vocês algumas marcas e tipos que fabricam por aqui na terra do Pão do Tone (nome derivou o panettone).

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Trufas, Tiramussù, recheio e cobertura de chocolate, quem resiste?

 

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Receitas tradicionais e com cobertura de avelã

 

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Recheio com creme de champagne e cobertura de chocolate

 

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Com uvas banhadas em grappa

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Recheio de chocolate e gianduia e cobertura de chocolate

 

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Com gotas de chocolate amargo e avelãs

 

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Recheio de pera e chocolate

 

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Com uvas, casca de laranja e limão cristalizadas

 

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Pandoro com levitação de 30 horas

 

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Tradicional e artesanal de San Patrignano

 

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Com recheio de figos e nozes e coberto com avelãs

 

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Base para recheios salgados

 

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Massa de baunilha coberto com açúcar confeiteiro

 

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tradicional e popular, mas não menos gostoso

 

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Esse vermelhinho Balocco vende no supermercado Zona Sul do Rio

 

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Recheio e cobertura de chocolate

 

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Esse rosinha Bauli é nossa marca preferida: à esquerda recheado com chocolate, cobertura chocolate amargo e laranja, no meio recheado com creme de leite e chocolate e à direita recheado com chocolate. 

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Recheado com mascarpone e gotas de chocolate

 

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Recheado com chocolate e creme de leite e coberto com chocolate meio amargo.

 

Esses panetones são uma pequena amostra. Além dos industrializados também podemos comprar panetones em nossa padaria predileta (quase todas fabricam nessa época).

Em Milão (cidade onde foi criado) tem até um concurso do melhor panetone artesanal, Premio I Pangiuso.

Tem panetone para todos os gostos e bolsos.

O grande problema aqui em casa e eu me controlar e comer só um pedacinho. Afinal que não ficaria doida com tanta opção?

Comilões pelo mundo – Os frutos do mar de Hamburgo

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Escrito por Rafaella Vilafranca

A comilona de hoje é a Rafaella Vilafranca que vive em Hamburgo há quatro anos, é guia de turismo e escreve do Blog Viagem Hamburgo.

Ela veio desmitificar a máxima que na Alemanha só se come batata e carne de porco e ainda como bonus nos dá dica de cervejas locais.

"Com uma história há mais de nove séculos ligada ao porto, Hamburgo tem sua culinária conhecida pelos pratos preparados com frutos do mar. Não que as salsichas e carne de porco não sejam queridas aqui no Norte, mas a presença do pescado é bem mais forte do que em outras regiões da Alemanha. Seja cru e rústico, conforme a tradição dos povos antigos, marinado, ou empanado, o peixe é figura certa em muitos pratos locais. 

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Foto: Rafaella Vilafranca

No porto de Hamburgo, em Landungsbrücken, há diversos quiosques que oferecem iguarias típicas de Hamburgo, como o Matjes, Pannfisch ou Fischbrötchen. Mas a minha dica é de um restaurante bem local e muito gostoso, que passa despercebido por muitos turistas que caminham pela bela Deichstrasse, a rua de antigos prédios ainda conservados, próxima à Speicherstadt.

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Foto: Rafaella Vilafranca

No restaurante Fisch & Co.* você certamente encontrará a maioria dos típicos pratos de Hamburgo e do norte da Alemanha, sem erro, com ingredientes frescos e um ótimo preço. A própria decoração do local remete a um navio, com as paredes de madeira e janelinhas redondas. Mas aviso, o espaço é apertado. Há alguns bancos altos, e o esquema é tipo refeição rápida, no balcão. No verão há algumas mesinhas do lado de fora, disputadas principalmente na hora do almoço.

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Foto: Rafaella Vilafranca

Meu pedido foi o Fischbrötchen, esse filézinho de Scholle (solha) empanado, servido no pão francês, com um molho de maionese e temperos (Remoulade) e alface. Simples, bom e prático, bem do jeito hamburguês. Mas cuidado ao pedir um Fischbrötchen, pois ele pode vir recheado com harenque marinado (Matjes) e para quem não está acostumado, o filé cru pode não ser agradável. Por isso escolha no balcão o filé empanado.

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Foto: Rafaella Vilafranca

Não é possível fazer reserva no Fisch & Co., por isso recomendo chegar cedo, entre 11:30h e 12:30h, ou depois das 14h, ou ter um pouco de paciência na hora de pedir, pois o local é um dos preferidos do pessoal que trabalha por ali. Ah, eles não tem horário de fechamento certo, costuma ser às 19h na primavera/verão e às 16h no outono/inverno.

E já que estamos na Alemanha, não pode faltar a dica de cerveja. Não sou consumidora assídua da bebida, mas falando em cervejas locais, recomendo as marcas Ratsherrn e Astra."

 

* Fisch & Co

Deichstraße 41, 20459 Hamburg, Alemanha

Comilões pelo mundo–Fideuá, a massa de Barcelona

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Escrito por Cristina Rosa

Quem disse que só a Itália tem pratos com massas?

A nossa convidada de hoje, a linda Cristina Rosa - que escreve o blog Sol de Barcelona - veio nos contar como é e onde comer esse curioso prato catalão.

A Cris que mora e trabalha como guia em Barcelona sabe tudo de arte e de comilança na cidade.

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Foto: Cristina Rosa

Barcelona é uma cidade banhada pelo mediterrâneo e, por tanto, a alimentação é baseada em peixes e frutos do Mar.

A famosa dieta mediterrânea já foi reconhecida como uma das mais saudáveis do mundo.

Fazem parte desta dieta verduras, peixes, frutos de mar e muito azeite de oliva.

Desta forma, a comida típica que vou recomendar só poderia ser algo bem mediterrâneo como a Fideuá.

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Foto: Cristina Rosa

A Fideuáé uma massa feita com frutos do mar. Só que não é uma massa qualquer.

Primeiro que ela não é cozida na água e sim em um caldo, bem consistente, feito com cascas de camarão e outros frutos do mar.

Isto confere muito sabor à massa e também uma cor levemente marrom.

A massa também é especial, pequenas meias luas que podem ter diferentes espessuras. Fideuá fina ou grossa vai depender do gosto do cozinheiro ou do comilão.

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Foto: Cristina Rosa

Ah, outra coisa! A diferença desta massa para outras é que ela é feita em uma paella.

Agora você deve achar que algo não encaixa, né? A paella antes de ser um prato é uma panela onde os arrozes são feitos.

Voltamos a Fideuá! Quando a massa está quase pronta os frutos do mar são adicionados.

Para finalizar, a massa é servida com Allioli, uma maionese feita de alho que realça o sabor da comida.

Nem preciso dizer que este é um prato para deixar qualquer comilão com água na boca, né?!

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Foto: Cristina Rosa

Muitos restaurantes de Paella também fazem Fideuá.

Em Barcelona recomendo o Restaurante Barceloneta e o Restaurante Martinez, este último fica no Montjuïc e tem uma vista incrível de Barcelona.

Endereços:

Restaurante Barceloneta: Moll dels Pescador, Port Vell, Carrer de l'Escar, 22

Restaurante Martinez: Carretera de Miramar, 38 (É preciso reservar: tel: 931 06 60 52
reservas@martinezbarcelona.com
).

Comilões pelo mundo - Comidas na Áustria

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Escrito por Kely Martins

A comilona de hoje é uma brasiliense de coração Austríaco.

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Foto: Kely Martins

A Kely Martins – que mora em Viena há 10 anos, escreve o blog Femme Volátil e ainda mantém um ótimo perfil no snapchat – vai nos contar as delícias que a Austria oferece para nós viajantes. E olha que não são poucas.

 

Uma das coisas mais interessantes de se viajar é a possibilidade de aprender sobre outros sabores e cheiros. Costumo  dizer que uma das melhores maneiras de se conhecer uma cultura é através da sua culinária.

Logo que vim morar em Viena, capital da Áustria, tive muita dificuldade em adaptar o meu paladar à comida local. Achei tudo muito diferente e,  apesar de já ter me adaptado, considero ainda bem pesadas as refeições.

Para dividir um pouquinho desse universo, selecionei alguns dos meus pratos prediletos. Uma coisa bem interessante por aqui é que geralmente os pratos servidos são grandes  e, muitas vezes, apesar de serem indicados para uma pessoa, duas podem comer tranquilamente. Então, na hora de fazer seu pedido, dê sempre uma olhadinha na mesa ao lado, para ver o tamanho das porções servidas.

Vindo a Viena, inclua no seu roteiro gastronômico as seguintes delícias do paladar.

Comidas salgadas

Salsicha– Quando se pensa em salsicha sempre se pensa na Alemanha, certo? Mas, na minha opinião, as salsichas austríacas são as melhores. E elas são bem diferentes da nossa no Brasil. 

Pra mim,  uma das melhores salsichas do mundo é a Käsekrainer, que foi inventada em 1971, e é feita de carne de porco.

Agora você pode salivar, pois ela é recheada com queijo, que, ao ser cozido, derrete. Pense nessa delícia!!!!

Há duas formas de se comer a salsicha. Uma no formato de hotdog, quando ela vai inteirinha dentro de um pão seco bem comprido, mas, às vezes, o pão deixa a desejar.

A outra forma é servida de um jeito mais fácil de comer, pois a salsicha é cortada em pedaços, acompanhada de pão preto e servida com mostarda adocicada. E é muito fácil de achar salsichas por aqui.

Onde comprar? Nas barraquinhas de salsichas espalhadas pela cidade, chamadas de Würstelstand.

Schnitzel– Essa é, sem dúvida, a comida preferida de muitas  crianças e adultos. Podemos traduzir como um bife à milanesa, feito com vitelo, carne de porco ou frango, porém é  bem fininho.

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Foto: Kely Martins

Geralmente o acompanhamento é feito com salada de batatas cozidas, com um pouquinho de vinagre, cebola, cebolinha e rodelas de limão; outra opção é servir o prato com batatas fritas ou salada.

Picanha– Normalmente associamos a picanha à deliciosa carne de churrasco, porém na Áustria se come a carne cozida, chamada deTafelpitz.

Nos restaurantes mais tradicionais há um ritual para se deliciar. A carne é cozida numa sopa de verduras que se toma logo no início da refeição.

Depois da sopa, a carne é servida com três molhos: um feito de raiz-forte com maçã ralada (Apfelkren), outro feito de uma espécie de creme de leite e iogurte com cebolinha picada (Schnittlauchsauce) e um molhinho de pãozinho (Semmelkren). 

E, para acompanhar, são servidas batatas tostadas e um creme de espinafre delicioso.

Carne de Veado e Javali– Aqui se costuma comer muita carne de veado ou javali, especialmente no outono e no inverno.

 

carne de veado

Foto: Kely Martins

Os pratos são super bem feitos e servidos com maçã ou pêra cozidas e são uma especialidade da culinária austríaca. 

Doces e sobremesas

Sachertorte– o bolo de chocolate com uma camada fininha de geléia de damasco é a grande sensação por aqui mas,  infelizmente, vou derrubar um mito de Viena, e discordar.

Eu não gosto da torta famosinha, pois a acho um pouco seca. E olha que sou uma formiguinha e adoro doce, mas essa torta não me agrada.

Apfelstrudel – Outro doce bem tradicional por aqui é a  torta de maçã, que é geralmente muito bem feita. Não tem erro, você encontra em muitos restaurantes.

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Foto: Kely Martins

Agora, tem um doce super gostoso no restaurante Lugeck. Lá servem o Zimtschnecken-Scheiterhaufen mit vanielleeis.

Calma, que vou traduzir. A sobremesa é feita com três porções: torta quente de maçã com canela e suspiro por cima, ao lado uma pequena geléia de maçã acompanhada por sorvete de baunilha.

Ganhou meu coração e paladar.

Eis-Marillenknödel– Meu sorvete predileto em Viena! Esse nome estranho quer dizer apenas que é uma bola de sorvete de baunilha cremoso e, por dentro, pedaços de damasco.

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Foto: Kely Martins

O sorvete é único e vendido apenas em uma sorveteria da cidade.  Você pode consumir lá mesmo, ou levar para casa e congelar.

A loja se chama Tichy e fica longe do centro, mas vale ir até lá para ter a experiência.

O ambiente nos lembra dos filmes dos anos 50, com atendentes vestidas com uniforme listrado vermelho e branco e, na cabeça, usam um chapéu no formato de barquinho. Muito interessante!

Dicas  importantes!

Levar para casa– Como as porções são grandes por aqui, caso você não tenha consumido toda a comida, pode levar o que sobrou para casa, sem a menor cerimônia.

Especialmente se você for a um Heuriger, que é um tipo de restaurante típico, onde é servido o vinho da casa e comida tradicional, ou, ainda, a um restaurante mais simples.  A regra não serve para restaurantes sofisticados.

Na hora de pagar a conta– Uma dúvida que sempre surge na hora de pagar a conta é sobre a taxa de serviço.

Aqui não é cobrada a taxa de serviço, mas se você aprovou o atendimento, deixe uma gorjeta de 10% ou arredonde o preço,  pois, assim, além de facilitar o troco, ainda contribui com o salário do garçom.

Outra coisa que eu adoro na Áustria é que, na hora de pagar a conta, você pode optar se a forma de pagamento será conjunta ou separada. Ou seja, se você falar para o garçom que quer pagar a conta separadamente, ele vai calcular a sua parte e, assim, vai cobrando individualmente das pessoas na mesa, o que simplifica muito, principalmente quando se está num grupo grande.

Bom vou ficando por aqui e espero que tenha gostado das dicas. Abraços

Kely

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