Escrito por Dani Bispo
Sim, resolvi escrever um terceiro post sobre o tema.
Como não moro na Europa a cada ano que vou passar as férias de fim de ano por lá descubro novas técnicas para me proteger sem passar frio.
Mas esse ano foi diferente. Dois dias depois da aterrizarmos no país da bota chegou à Itália um vento gélido proveniente da Rússia. Foi frio como não se fazia a 20 anos.
Para vocês terem uma ideia, em Roma pegamos um dia com sensação térmica de-8ºC!
Roma raramente faz temperaturas negativas e só para efeito de comparação, ano passado pegamos em janeiro 16ºC.
Foi uma situação totalmente nova pra mim e conclui que na realidade nunca havia sentido frio na vida.
Não sou uma pessoa friorenta muito pelo contrário, meu maior problema no frio é o calor.
Quando entro nos ambientes aquecidos tenho vontade de arrancar tudo que tem em cima de mim. Chego a passar mal.
Como o frio esse ano foi atípico, tive que me readaptar de modo a não sentir frio na rua nem calor quando entrasse nos ambientes fechados.
E dessa forma vou contar para vocês o que me ajudou a suportar esse quente-frio extremo.
Botas UGG
Novamente elas.
Concluí que elas foram o meu melhor investimento, minhas melhores amigas.
Sim, elas são feias para algumas pessoas, mas isso não importa.
Só quem já teve uma sabe a diferença;
Para turistar não existe nada mais confortável e quentinho.
O dia que tentei colocar uma bota mais “arrumadinha” mesmo com meias especiais meu pé gelou muito.
Conselho que eu te dou: Invista em uma original, faz toda diferença! Será um investimento para muitos anos de viagem.
Nos EUA as tradicionais custam na faixa de US$155, na Europa na faixa de €190.
Se você tiver oportunidade de comprar nos outlets americanos pode conseguir um modelo mais arrumadinho até mais barato.
Em agosto vi uma lindaaaaa por US$70, me arrependo amargamente de não ter comprado.
Existem diversos outros modelos (foto acima) só que o preço é mais alto;
Repito, se você pode pagar invista. Independente do modelo que escolher, o mais importante é que o interior dela seja revestido com pelos de carneiro.
Com elas você não precisa de meias muito grossas. Já inclusive ouvi falar que são feitas para serem usadas sem meias. Eu realmente acredito.
Obs.: Não ganho absolutamente nada para falar dessa marca (infelizmente). Então esse não é um publipost.
Blusas compridas no lugar de ceroulas
As pernas nunca foram uma parte do corpo onde senti frio mas esse ano um vento frio insistia entrar por debaixo do casaco e gelar meus rins.
Primeiro tentei usar uma meia calça fio 200 por baixo da calça.
Fonte aqui
Pesou demais, tirou minha mobilidade e quando entrei nos ambientes fechados senti calor.
A solução foi usar uma blusa mais compridinha por baixo do casaco de modo que cobrisse o bumbum.
Blusa de lã ou cashmere por debaixo do casaco
Nos dias mais frios tive que fazer o sacrifício de colocar duas blusas de manga comprida, o o tão falado vestir-se como cebola.
A primeira camada usei blusa de algodão bem justinha ao corpo por dentro da calça, uma espécie de segunda pele.
Por cima dela o pulo do gato, blusa de lã (verdadeira).
Não adianta você comprar a blusa mais grossa do mundo, mais pesada do mundo.
Somente se a blusa tiver uma alta concentração de lã ou cashmere vai te aquecer (sem deixar você pesada.
Para comprar a blusa certa não se deixe levar pela aparência, olhe a etiqueta e faça o investimento certo.
Aliás olhe a etiqueta de TUDO que você comprar. O material certo faz toda diferença e o que mais tem no mercado são roupas de poliéster.
Quanto maior a concentração de lã ou cashmere mais quentinho você estará.O percentual mínimo deve ser 50% desse material.
Dica: Como já falei em posts anteriores eu sempre compro as minhas blusas na loja Benetton.
Esse ano fiz o marido comprar também.
Primeiro ele me olhou desconfiado e pensou que uma blusinha tão fina não faria o trabalho pesado adequadamente, mas depois que usou não quis mais tirá-la mais do corpo. Pagamos cerca de €20,00 cada uma.
Preferimos o modelo de gola alta para proteger o pescoço também (super importante).
Touca de lã
Eu confesso que não é o acessório que mais curto no inverno, aliás até tenho um pouco de resistência em colocá-las, mas com tanto vento e frio extremo a cabeça chega a doer.
Essa sensação eu nunca havia experimentado e vou te contar meu amigo, não é uma das mais agradáveis.
Mas só a toquinha não basta, acrescente aí na sua mala um:
Casaco Down Jacket com Capuz
Eu sempre bato na mesma teclas sobre os casacos Down Jacket.
Já falei de ambos nesse post AQUI e AQUI.
Eles não são os mais bonitos mas são os que te protegerão do vento e são mais leves para turistar. E acredite, andando horas no frio ter um casaco leve também faz a diferença.
Só que ao comprar um Down Jacket além de outras coisas que já falei é muito, MUITO importante ver se ele tem um capuz.
De preferência capuz com botões para fechar. Se tiver aqueles pelinhos na borda melhor ainda.
Eu infelizmente só tenho um Down Jacket com capuz, mas foi ele que me salvou durante os dias mais frios.
Usava uma touca de lã e ainda colocava o capuz por cima.
A primeira aquece e o segundo protege do vento.
Cachecol
Outro item que tive que repensar.
Nos invernos anteriores tinha concluído que cachecol grosso não servia para mim.
Havia aposentado os meus e passado a usar somente pashimina por debaixo no casaco.
Só que por causa desse habito errado logo primeiros dias fiquei com uma tremenda dor de garganta.
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Quem me acompanha pelas redes sociais [segue lá] viu que por conta disso tive que tomar anti inflamatório e antibiótico por vários dias, consequentemente comprometendo minha performance de bebedora de vinho.
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Além dos remédios tive que proteger melhor minha garganta. Pra isso comprei um super mega master cachecol, daqueles que me deixava praticamente imóvel.
Odeio ficar assim mas era isso ou ia acabar com uma pneumonia (toc, toc, toc).
Ele é largo sendo assim permite dar duas voltas no pescoço chegando até a orelha. Dá ainda para aproveitar e cobrir o nariz e maçã do rosto com ele .
[esse na foto acima não é o meu cachecol, mas o marido fantasiado de black bloc]
Me salvou nos dias mais frios e quando a temperatura foi subindo fui trocando por um outro de lã mais leve.
Ah uma informação importante.: nos últimos dias descobri que a melhor maneira de amarrar esses cachecóis é por fora do casaco e do capuz.
Assim fica mais fácil colocar rapidinho o capuz quando o vento bater.
E você tem alguma dica de como se vestir no frio extremo? Conta pra gente!