Escrito por Dani Bispo
Passar uma noite em um acampamento no Deserto do Saara era uma atração obrigatória para nós quando decidimos ir ao Marrocos.
Ainda aqui no Brasil, depois de pesquisamos muito decidimos fazer tudo por conta própria direto no local. Queríamos poder negociar preços e ter dicas de locais.
Nos hospedamos em Merzouga que é a porta de entrada do deserto, mas acredito que poderíamos ficar em Rissani também;
Assim que chegamos na pousada Chez Youssef Lodge descobrimos que eles possuíam um acampamento no deserto.
O dono nos explicou que eram apenas 3 tendas + 1 tenda restaurante. Cada tenda possuía uma cama de casal e um banheiro com vaso sanitário. Na maioria dos outros acampamentos as tendas eram coletivas.
Se fechássemos o passeio com ele não pagaríamos a diária da pousada durante a noite que passaríamos no deserto. Além do preço - 900 dirhans por casal - esse foi o fator que mais pesou a fecharmos com ele.
No dia seguinte às 15h o guia Said foi nos buscar na pousada. Era ele que iria conduzir nossos camelos até o acampamento.
Dali mesmo montamos no bicho e partimos para nossa aventura. Essa é a grande vantagem se hospedar em Mergouza: As dunas do Deserto do Saara ficam a poucos metros da cidade.
Depois de aproximadamente uma hora e meia andando nas dunas chegamos ao nosso acampamento.
Foi uma ida super tranquila. Andar de camelo é infinitamente mais confortável que andar à cavalo.
Ao chegar ainda conseguimos ver o pôr do sol.
Quando caiu a noite o Said, nos ofereceu um chá na tenda-restaurante.
Ficamos ali papeando por algum tempo e quando saímos da barraca uma escuridão tinha dominado o deserto. O céu super estrelado estava sobre nossas cabeças.
Infelizmente nenhuma máquina pode captar o que vimos.
Na sequencia nos foi oferecido o jantar: Harira de entrada e Tajine de carne de cordeiro e legumes como prato principal.
Tudo muito gostoso como em todo Marrocos.
Depois do jantar nos sentamos em volta de uma fogueira pois estava muito frio.
Ainda tentamos travar uma conversa com os presentes - Said e o segurança do acampamento - mas o frio era tanto que não consegui ficar ali por muito tempo.
Partimos para a nossa tenda onde uma cama macia e quentinha nos esperava.
Apesar de não possuir nenhum tipo de aquecimento dentro da cabana, as camas possuem edredons apropriados para frios extremos.
Não precisamos dormir de casacos e posso garantir que a temperatura na cama era agradabilíssima.
Tivemos cuidado de dormir de touca pois a cabeça fica sujeita ao frio.
Nosso único vacilo foi esquecer nossa lanterna uma vez que a ida ao banheiro de madrugada necessitava de um pouco de luz e as velas das lamparinas já haviam apagado. Mas nos viramos bem com a lanterna do celular.
Dizem que no verão por causa do calor as camas são colocadas do lado de fora das tendas e todos podem dormir contemplando as estrelas.
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Ah quanto a escorpiões e cobras, segundo o Youssef – o dono da pousada e acampamento - eles hibernam no inverno.
Particularmente acho que é mentirinha pois qual bicho preferiria saracotear no verão de 50 graus ao inverno fresquinho?
Às 7h da manhã já estávamos de pé. Felizmente já não havia um breu fora da barraca pois o sol já tinha começado a dar o ar da sua graça.
Corremos para uma duna mais próxima e aguardamos o que posso chamar de um dos mais lindos espetáculos da natureza.
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Ver o nascer do sol no meio do deserto foi emocionante.
Depois do espetáculo foi hora de tomar um cafezinho e seguir para a pousada para tomar nosso café da manhã e partir.
Seguimos encantados com a experiência e confiantes que no próximo carnaval poderemos cantar com todas as forças:
“Atravessamos o deserto do Saara…